segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Prefeitura destina apoio financeiro aos clubes profissionais de futebol

foto Andressa Machado  
O  Prefeito Eduardo Leite anunciou em 30/01/2015,  apoio financeiro da Administração Municipal aos clubes profissionais de futebol da cidade.
Serão investidos R$ 85 mil de verba publicitária para os três clubes: Grêmio Esportivo Brasil, Esporte Clube Pelotas e Grêmio Atlético Farroupilha.

Os clubes haviam solicitado apoio por meio da Câmara dos Vereadores e a maneira que a prefeitura encontrou de contribuir com recursos foi por meio da publicidade, adquirindo espaços para propaganda institucional e campanhas educacionais nos campos de futebol.

         Eduardo explicou que assim como a prefeitura compra espaços de publicidade em rádios, tvs, jornais e sites, pode aproveitar o público dos estádios para comunicar as campanhas institucionais do Município. O valor repassado a cada clube tem relação ao número de competições programadas para este ano.

         O Grêmio Esportivo Brasil receberá R$ 45 mil. De acordo com o vice-presidente administrativo Jorge Meneses, o recurso será utilizado em melhorias da iluminação do Clube, que contribuirá também para as transmissões de jogos pela tv. “Dia 25 de fevereiro será transmitido em rede nacional em canal aberto o jogo Brasil de Pelotas e Flamengo do Rio de Janeiro, que contamos que tenha grande público expectador.”

       O investimento no Esporte Clube Pelotas será de R$ 30 mil. O 1° vice-presidente do Pelotas Flávio Gastaud declarou que o recurso será aplicado em obras da infraestrutura do Clube, como a requalificação do gramado.

         Para o Grêmio Atlético Farroupilha serão destinados R$ 10 mil, que serão aplicados, de acordo com o presidente Renaldo Acunha, na recuperação das arquibancadas, que estão interditadas. “Com este recurso poderemos reabrir o estádio, que se encontra interditado devido a problemas em duas arquibancadas.”

          O prefeito declarou que o incentivo ao esporte é uma das prioridades da Administração. “Além deste apoio aos clubes profissionais, estamos trabalhando para o incentivo ao esporte amador, por meio da criação do Pró- Esporte, que se baseia em um fundo de financiamento aos atletas de todas as modalidades. O projeto foi encaminhado à apreciação da Câmara e deverá funcionar ao estilo do Procultura, que apoia projetos culturais locais”, explicou.

         O anúncio ocorreu na sala de reuniões do Paço Municipal com a presença de representantes dos clubes, da Câmara dos Vereadores e imprensa.

FALTA CRITÉRIO
O vereador Marcus Cunha (PDT) abordou durante a comunicação de líderes na manhã de 04/02, essa questão da verba que a administração municipal destinará aos clubes de futebol profissionais de Pelotas.
Segundo Marcus, trata-se de uma de uma absurda falta critério investir 85 mil reais no patrocínio de clubes profissionais, enquanto as filas do Pronto Socorro crescem a cada dia e as Unidades Básicas de Saúde não tem nem mesmo equipamentos básicos como autoclaves.
"Uma autoclave custa em média 1 mil e 600 reais. Com esse dinheiro seria possível colocar um equipamento em cada UBS de Pelotas", enfatizou Marcus.
"Falta critério, como em quase tudo nesse governo", finalizou.

Não será estranho, por outro lado, se o prefeito Eduardo Leite for processado pelo Ministério Público, por improbidade administrativa, pelo fato de ter decidido apoiar com verba pública os três clubes de futebol profissional de Pelotas. A possibilidade vem sendo analisada pelo MP local e há precedentes, como ocorreu em Santa Maria.

Em dezembro de 2011, o Ministério Público ajuizou ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, e o ex-prefeito Valdeci Oliveira, em processo que inclui dois clubes de futebol do município – o Inter-SM e o Riograndense.

De acordo com a investigação do MP, os prefeitos firmaram convênios com os clubes, em 2008 e 2009, que envolviam valores superfaturados com o objetivo de beneficiar os clubes com dinheiro público. Segundo a ação, os clubes estavam precisando de recursos para pagar os salários de seus jogadores, e o governo municipal concordou em usar os convênios como forma de dar uma aparência de legalidade à transferência ilegal de recursos públicos.

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